Inteligência emocional

A importância da inteligência emocional no aprendizado – especialmente o de inglês

Os objetivos da aprendizagem vão muito além do ato de aprender. Aprendizagem é aquilo que modifica um comportamento por meio de treino, experiência e observação. E ela está diretamente ligada à inteligência emocional.

Existe uma relação simples nos processos de educação: o estudante “aprende mais” quando vê que aquilo que está sendo ensinado se relaciona diretamente com sua vida, sua comunidade e suas experiências. E isso acontece porque existem estímulos emocionais neste processo.

Uma pessoa motivada é mais produtiva, certo? Isso também acontece na aprendizagem, que precisa “usar” os desejos, necessidades, interesses e emoções do indivíduo para que ele realmente aprenda.

Por isso, por trás de cada pensamento e aprendizado, existe uma tendência baseada no afeto, no sentimento, na emoção.

Neste post, explicamos melhor sobre a inteligência emocional e sua relação direta no aprendizado, inclusive de inglês.

Acompanhe!

O que é inteligência emocional?

Inteligência emocional, no conceito do psicólogo americano Daniel Goleman, é a característica de um indivíduo capaz de identificar suas emoções com mais facilidade, canalizá-las para situações adequadas, controlar impulsos, motivar as pessoas e praticar a gratidão.

De maneira sucinta, é uma capacidade de identificar, analisar, controlar e expressar emoções. Quem possui inteligência emocional apresenta maior autoconsciência, motivação, empatia e compaixão pelos outros, além de uma maior habilidade de gerenciamento de estresse.

Componentes da inteligência emocional

Para Goleman, essa “capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos” pode ser dividida em 5 componentes.

  • Consciência social: habilidade de reconhecer e compreender as emoções das outras pessoas dentro das situações sociais. Fundamental para desenvolver a empatia, que é a capacidade de considerar e ser sensível aos sentimentos de outras pessoas a partir da ótica delas.

  • Automotivação: capacidade de canalizar a motivação e conduzi-la à um objetivo ou realização pessoal. É o que nos permite desenvolver zelo, entusiasmo e persistência, e aprender com os erros.

  • Autoconsciência: é o autoconhecimento emocional ou a capacidade de reconhecer e entender as próprias emoções, inclusive impulsos, pontos fortes e fracos.

  • Autorregulação: habilidade de lidar com os próprios sentimentos, sejam eles positivos ou negativos, adequando-os a cada situação.

  • Relacionamentos interpessoais: capacidade de interação com outros indivíduos a partir de competências sociais.

Como desenvolver a inteligência emocional em crianças?

A inteligência emocional é algo que deve ser trabalhada desde quando nascemos. Tonia Casarin, consultora em educação e escritora do livro “Tenho Monstros na Barriga”, entende que o desenvolvimento dessas competências em crianças varia conforme a idade.

Crianças entre 0 e 6 anos estão na chamada “Janela de Oportunidade de Desenvolvimento”, já que as crianças fazem de 700 a 1000 conexões neurais por segundo. É o momento em que é possível estimular o reconhecimento das emoções de diversas maneiras, como uso de expressões faciais mais intensas ao mesmo tempo em que se fala.

Já para crianças a partir dos 7 anos, a comunicação é mais fluida. Trabalhar a inteligência emocional com elas pode ser feito de forma leve, como ajudá-las a nomearem suas próprias emoções.

No primeiro momento, é preciso acolher a emoção, aceitar o que ela sente e não reprimir nenhum tipo de sentimento ou emoção. Em seguida, é preciso conversar com a criança sobre o sentimento que ela experimenta e nomeá-lo. A nomeação é importante para tirar a intensidade da emoção e ajudar a criança a construir um vocabulário para se expressar melhor.

Existem outras formas interessantes para ajudar crianças a lidarem melhor com as emoções e a trabalharem a inteligência emocional, como:

  • Estimular a reflexão da criança sobre os atos dela, o controle das emoções, a autoestima e a autoconfiança;

  • Contar histórias e perguntar como elas se sentiriam se estivessem no lugar dos personagens;

  • Brincar com o tom de voz e com as feições, pedindo que a criança identifique a emoção;

  • Estar presente na vida delas para construir laços afetivos fortes;

  • Elogiar as qualidades, antes mesmo de apontar os erros;

  • Manter o diálogo sempre aberto na família;

  • Ensinar a lidar com as frustrações;

  • Incentivá-las a fazer perguntas.

Inteligência emocional em jovens e adultos

Desenvolver a inteligência emocional desde crianças pode facilitar bastante na juventude e na vida adulta. Afinal, saber lidar com as emoções nos traz equilíbrio. E nunca é tarde para buscar aprimoramento pessoal, algo tão importante nas relações do mercado de trabalho e nas relações sociais.

As formas para desenvolvê-la são inúmeras e abordam terapias holísticas, terapias convencionais (psicoterapia, análise etc.), meditação e muitas outras. A forma, em si, não importa muito, pois cada indivíduo pode se dar melhor com uma ou outra abordagem.

O importante é que, dentro da prática escolhida, o jovem ou adulto conseguirá:

  • Incentivar a autoconfiança para que o indivíduo, sabendo o que deseja, conviva bem com seus pontos fracos e fortes, modificando-os ou aprimorando-os, mas sempre confiando em seu potencial e em seus habilidades;

  • Estimular a expressão das ideias para manter o equilíbrio emocional, buscando sempre um espaço de diálogo e conversa sobre emoções e opiniões;

  • Praticar a empatia para conseguir se colocar no lugar do outro e entender algumas atitudes, gerando mais tolerância e compreensão;

  • Estimular a busca pelo autoconhecimento para entender o que se está sentindo e reconhecer suas capacidades e limites;

  • Praticar a resiliência para ter mais capacidade de lidar com problemas e encarar dificuldades;

  • Reagir aos sentimentos negativos, que são inevitáveis, mas são passíveis de convivência equilibrada;

  • Aprender a lidar com as emoções para saber o que deve ser feito em cada situação.

Qual a relação entre inteligência emocional e educação socioemocional?

O ambiente escolar é um dos responsáveis pelo desenvolvimento cognitivo, intelectual, mental e social de crianças e jovens. Mas, certamente, isso não se dá somente com disciplinas tradicionais, como português e matemática. É preciso ir bem além.

As famílias e educadores vêm enfrentando desafios diante dos avanços tecnológicos, já que as crianças manifestam desinteresse pelo aprendizado dessas disciplinas. O contato com dispositivos tecnológicos, ao mesmo tempo. também limita as interações presenciais e o relacionamento com colegas, gerando um novo perfil comportamental.

Sem atividades em grupos e relacionamentos “reais”, os indivíduos começam a manifestar dificuldades emocionais. Na verdade, sintomas da falta de inteligência emocional. Falta de empatia, inabilidade para lidar com frustrações e egoísmo exagerado são só alguns deles.

Pessoas que possuem inteligência emocional são capazes de compreender melhor a si mesmos e aos outros, como pontuamos. Dentro do desenvolvimento dessa inteligência, o indivíduo passa por processos que demandam determinação, habilidades comunicativas e resiliência. Tudo isso contribui de maneira efetiva para um bom processo de aprendizagem.

E como isso é possível? Por meio da educação socioemocional.

Educação socioemocional no processo de aprendizagem

A educação socioemocional permite o desenvolvimento de habilidades que auxiliam as crianças a lidarem com situações de conflito em espaços propícios para a expressão de temores, anseios e frustrações. Ela é fundamental para reduzir a vulnerabilidade dos estudantes. Mas como ela faz isso?

Por meio de metodologias que estimulam o debate e a autorreflexão, como dinâmicas, meditações e atividades de discussão de temas relevantes, como preconceito, ansiedade e outros. Tudo isso pode ser adotado nas instituições de ensino.

Nessas situações, os estudantes colocam suas opiniões para debate e contrapõem diversos pontos de vista. Como resultado, fortalecem a necessidade de busca por argumentos e amplificam sua capacidade de interações.

É exatamente por causa da importância da educação socioemocional que as famílias devem ter muito critério na hora de escolher a escola de seus filhos, inclusive as escolas de inglês. Ainda que não possuam o tema na grade curricular, devem oferecer experiências de educação socioemocionais.

Afinal, os benefícios são diversos, como melhor experiência de aprendizagem, ambiente saudável para o desenvolvimento de crianças e jovens, julgamento e tomada de decisão, flexibilidade cognitiva e resolução de problemas complexos.

Ou seja, alunos fortes emocionalmente ficam mais seguros para aprender, lidar com o outro e enfrentar situações de vulnerabilidade, além de trabalharem melhor juntos e se comunicarem melhor.

Educação socioemocional no processo de aprendizagem

Diversos teóricos da Aprendizagem, como David Kolb, acreditam que o aprimoramento e a fixação do conhecimento se baseiam abordar aspectos emocionais de cada indivíduo naquilo que está sendo introduzido em sua linha de raciocínio.

Uma escola, portanto, não pode se limitar a oferecer disciplinas dogmáticas, de raciocínios verbais e lógicos. É preciso favorecer, sim, o conhecimento das disciplinas básicas, mas também encorajar os alunos a utilizarem tal conhecimento na resolução de problemas e na execução de tarefas relacionadas com a vida na comunidade a que pertencem.

Isso porque a “bagagem” que uma pessoa adquire ao passar por uma experiência concreta passa a integrar seus conhecimentos, valores ou crenças. Isso pode ser utilizado em outras situações, o que leva o indivíduo ao desenvolvimento.

Quando trazemos para o ambiente escolar, para que o aluno esteja mais disposto a aprender, o conteúdo deve estar próximo de sua realidade. Ele deve ser significativo para que haja assimilação.

Por este motivo, a educação socioemocional inserida nas instituições de ensino favorece amplamente a assimilação do conteúdo desejado.

Como trabalhar a inteligência emocional no contexto educacional?

No contexto educacional, professores e alunos trabalham a inteligência emocional a todo o momento. As instituições de ensino exercem um papel decisivo na formação de crianças e jovens, seja de forma direta ou indireta.

Algumas escolas e cursos extracurriculares investem em disciplinas voltadas especificamente para as emoções. São momentos em que os alunos são incentivados a contar suas experiências e sentimentos perante os outros. Busca por solução criativa de conflitos, programas de competência social e desenvolvimento são bons exemplos.

Há também formas de inserir a educação emocional em atividades de várias disciplinas. Nesta abordagem, os debates são menos artificiais, pois problematizam emoções e relações que surgem ao longo de um trabalho em grupo.

Com sensibilidade para abrir o debate e fomentar a expressão dos estudantes naquele espaço, o professor passa a ter função primordial no desenvolvimento da inteligência emocional. Afinal, é um importante “ator” na preparação de alunos conscientes e responsáveis em sua forma de pensar, sentir e agir.

Por isso, o corpo docente deve estar preparado para lidar com situações para desenvolver tais habilidades nos alunos. Inclusive, a tecnologia pode ser uma aliada para estimular o ensino de competências socioemocionais.

A inteligência emocional no aprendizado de inglês

Na hora de escolher uma escola de inglês, pais e alunos levam em consideração diversos pontos. Um deles é a metodologia adotada pela instituição. De fato, existem muitos métodos de ensino, e essa diversidade é inclusive um dos desafios dos professores enquanto mediadores do conhecimento.

Mas como isso se relaciona com a inteligência emocional? Em primeiro lugar, devemos considerar que cada indivíduo é único e possui seus próprios interesses. Considerando isso, é inadequado o professor utilizar somente um método de ensino para sua turma, composta por indivíduos que podem ser muito diferentes entre si.

No ambiente de aprendizagem, é preciso proporcionar aos alunos a assimilação daquilo que lhe é ensinado. Em outras palavras, o processo de aprendizagem deve ser organizado de forma mais objetiva para que seus envolvidos adquiram, de fato, o conhecimento.

Uma maneira eficiente para isso, que é adotada no Centro Britânico, é a personalização do ensino. À primeira vista, as experiências concretas vividas pelos alunos podem servir de base para o professor encontrar a melhor forma de mediar o conhecimento.

Com essa simples medida, o conhecimento passa a ser relevante para certa pessoa, porque é familiar, possui significado de acordo com seus interesses e suas vivências. Dessa forma, a assimilação do conteúdo é mais eficiente, como apontamos na educação socioemocional.

Aprofundando mais nessa linha do processo de aprendizagem personalizado, podemos dizer que a aproximação do conteúdo à realidade do aluno se comunica diretamente com seu processo emocional. Isso porque as emoções são um fator preponderante na descoberta da relação que ela tem com o mundo.

Em outras palavras, com o estudo aprofundado das emoções na aprendizagem é possível otimizar o processo educacional do indivíduo na escola de inglês, pois ele está cada vez mais próximo de suas necessidades básicas de vivência.

Ensinar inglês partindo da integração do aluno em seu contexto, é, portanto, muito mais efetivo, porque considera seus sentimentos no processo de aprendizagem.

O aprendizado é afetado pelas emoções. A aprendizagem é um processo muito emocional, guiado por diversos sentimentos, como medo, curiosidade, ansiedade, esperança e muitos outros. Por isso, existe uma relação direta entre inteligência emocional e aprendizagem. Na prática, quanto maior a inteligência emocional, maior a facilidade do indivíduo em aprender.

Diante disso, é de fundamental importância escolher corretamente as instituições de ensino para os filhos, inclusive as escolas de inglês. Instituições que trabalham com um método personalizado e que considera os interesses do aluno, como é o caso do Centro Britânico, certamente terão mais êxito nesse processo.

Com isso, é mais provável que seu curso de inglês te leve aonde você quer chegar!

Professor

A importância da certificação didática dos professores de inglês

Em uma escola de idiomas, a certificação didática dos professores de inglês é um ponto importante para o ensino. Isso porque um professor certificado passa não só por um crivo de qualificação, mas também de preparação para lecionar.

No Brasil, por motivos que remontam ainda à colonização, existe uma tendência a acreditar que tudo que vem de fora tem mais valor. E isso atinge também o ensino de idiomas. Muitas pessoas preferem ter aulas com professores nativos do país onde se fala aquele idioma. Outras optam por professores que fazem intercâmbio e, ao voltar para o Brasil, começam a lecionar.

Sem dúvidas, esses profissionais podem ser extremamente capacitados. Essa não é a questão central. O ponto importante é a certificação didática dos professores de inglês. Ser um professor demanda mais do que conhecimento da matéria. É preciso ter metodologia e ser um gestor do conhecimento.

Por isso, independentemente de vir de fora do Brasil, fazer intercâmbio ou se formar aqui, acreditamos que os professores devem estar preparados e qualificados para o ensino. A seguir, apontamos a importância da certificação didática dos professores de inglês e como ela pode ocorrer.

A formação dos professores de inglês

Professores de idiomas no Brasil provêm de diversos locais. Alguns são apenas imigrantes que escolheram morar no país e têm domínio nativo de determinada língua. Outros são brasileiros que tiveram experiências no estrangeiro e as utilizam para lecionar. Há, por outro lado, os profissionais formados em letras que ensinam uma língua estrangeira.

Esses são os tipos de professores de inglês que temos no Brasil. Como salientamos, é muito comum vermos pessoas optando por professores nativos ou com experiência estrangeira, sem se preocuparem com a formação pedagógica. Este é um fato que, inclusive, nos coloca em uma posição ruim perante o mundo quando o assunto é proficiência em inglês.

O baixo nível de proficiência em inglês no Brasil

Conforme dados do Índice de Proficiência em Inglês da EF, de 2020, o Brasil ocupa a 53ª posição no ranking, atrás de países europeus e de alguns vizinhos latino-americanos, como a Argentina. somente São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília estão na faixa de proficiência moderada.

Mesmo com milhares de escolas de inglês espalhadas pelo país, nosso baixo nível de proficiência é sintomático. Um dos motivos é exatamente a formação de professores. O índice da EF apontou, inclusive, que 12 países da América Latina melhoraram sua proficiência em inglês entre 2018 e 2019 de forma bastante significativa devido ao maior investimento na formação de docentes.

O Brasil, pelo contrário, caiu algumas posições. Temos milhares de escolas com métodos de ensino que não são eficientes. Há cursos rápidos que prometem fluência em inglês a curto prazo, mas que formam alunos que não passam em boas certificações.

Dentro da deficiência de metodologia, está a dificuldade das escolas em realizar uma boa gestão do conhecimento, o que depende diretamente de professores experientes e qualificados para o ensino. Mais uma vez, a certificação didática dos professores de inglês aparece como prova dessa qualificação.

Afinal, professores com certificação de proficiência e ensino de inglês estão atualizados e têm experiência com a faixa etária à qual ensinam. Estão preocupados em adotar as melhores práticas do mercado, procuram aprimoramento de seu próprio conhecimento e desenvolvem-se quanto à metodologia.

Isso tudo para vencer a questão da má formação dos professores quanto à prática pedagógica.

A má formação dos professores

A formação linguístico-comunicativa de um professor nem sempre é eficiente. Quando o assunto é prática pedagógica, a situação fica ainda pior. Isso porque esta prática não deve ser apenas abordada durante os cursos nas faculdades de educação, mas também nos primeiros anos da vida profissional.

Neste ponto, vemos muitos professores desassistidos no ambiente escolar onde trabalham. Ao invés de serem treinados para lecionar, eles são apenas postos diante de turmas que, em muitos casos, são desafiadoras. Mais uma vez, a certificação didática dos professores de inglês assume enorme importância para prepará-los para os diversos cenários possíveis na prática.

Além dessa dificuldade, lidamos com o fato de que o ensino formal da língua estrangeira no Brasil, nem sempre, considera o que é essencial na formação.

O gap em competências importantes

Em um cenário ideal, o ensino formal no curso de Letras deve problematizar situações que envolvem formação acadêmico-científica, técnica, tecnológica, artística, literária e outras dimensões que orientam os eixos formadores dos programas de curso.

E para que isso serviria? Para que a didática conversasse diretamente com a conexão com os alunos. Os teóricos da educação apontam que o aluno aprende mais quando se sente diretamente tocado pelo assunto que está em questão. De maneira simples, é preciso que exista um sentido, uma conexão emocional para que o aluno assimile o conhecimento.

O bom professor, portanto, não só domina o conteúdo da sua área de atuação. Ele faz com que aquele conteúdo seja utilizado e transmitido dentro da perspectiva do seu receptor.

No entanto, a formação dos professores de língua estrangeira no Brasil é excessivamente teórica ou excessivamente metodológica. Há um déficit de práticas, da reflexão e do trabalho dessas práticas.

Isso porque a boa formação de um professor qualificado envolve um conjunto de competências que raramente são abordadas nos cursos universitários. São elas:

  • Competência profissional: consciência do professor como papel formador, profissional e político;

  • Competência aplicada: vivência de conceitos teóricos no dia a dia da sala de aula;

  • Competência linguístico-comunicativa: uso satisfatório da língua que se ensina;

  • Competência teórica: conhecimento de teorias de ensino e aprendizagem;

  • Competência implícita: crenças, intuições e experiências adquiridas.

Há, inclusive, uma grande aflição acerca da competência linguístico-comunicativa por parte dos professores recém-formados. Os cursos de licenciatura em Letras são capazes de certificar o professor para atuar em sua língua nativa e em uma língua estrangeira.

Mas a carga horária de disciplinas ligadas à língua vernácula é muito maior do que à carga de língua estrangeira, o que também contribui para a baixa proficiência na língua inglesa, por exemplo. Isso compromete sua competência linguístico-comunicativa em sala de aula e fora dela.

Por isso, o professor, consciente dessas deficiências, deve tentar saná-la com um aperfeiçoamento linguístico, uma formação continuada. É neste contexto que a certificação didática dos professores de inglês aparece.

Afinal, ainda que haja o desejo do professor em transmitir o conhecimento do idioma estrangeiro, não existe saber para transmiti-lo, um modo eficaz que ajuda o aluno a compreender. Os livros, teses e autores estudados não se organizam em uma prática coerente, ao mesmo tempo em que ele não se sente seguro o suficiente para utilizar o idioma.

A importância da certificação didática dos professores de inglês

Proficiência e prática pedagógica são duas faces da mesma moeda da aprendizagem. Um professor pode ser um exímio falante de inglês, como é o caso dos nativos. No entanto, se ele não conseguir transpor a barreira da teoria e da prática, não adianta. Do mesmo modo, um profissional pode ser dotado de grande conhecimento teórico, mas nada adiantará se não conseguir transmitir esse conhecimento.

Por isso, a certificação didática dos professores de inglês se torna tão importante. Por meio delas, o profissional se prepara para unir o domínio da língua e de novas tecnologias com a atualização didática e o trabalho em equipe.

As possíveis certificações para professores de inglês

Agora que vimos a importância das certificações para professores de inglês, podemos abordá-las de maneira mais individualizada.

Inicialmente,é preciso destacar que cada profissional tem um perfil e um objetivo. As certificações são ferramentas que validam conhecimentos acerca da proficiência no idioma, da capacitação didática e do domínio de técnicas de ensino.

Desde que foi estabelecido o Marco Comum Europeu de Referências (CEFR), existem certificados de validação internacional. Isso significa que um professor certificado no Brasil pode utilizar sua certificação em outros países.

Por exemplo, pessoas que pretendem fazer intercâmbio em universidades europeias, que exigem certificação em inglês, devem se submeter ao Toefl (Test of English as a Foreign Language) ou ao Ielts  (International English Language Testing System).

A Universidade de Cambridge, por meio da Cambridge English, possui vários testes de proficiência, tais como Key English Test, Preliminary English Test, First English Certificate, Certificate of Advanced English e Certificate of Proficiency in English. Esses exames validam a qualidade linguística da pessoa conforme o Marco Comum Europeu.

Mas quais são as possíveis certificações para professores de inglês? Um profissional que leciona para o público infantil precisa de uma certificação diferente do que o tradutor? Certamente, eles terão caminhos diferentes de qualificação, mas demandam validações que privilegiam os aspectos linguísticos, o que o confere qualidade boa do uso e conhecimento da língua.

Por este motivo, a certificação didática dos professores de inglês deve ser vista também como investimento em sua qualidade profissional.

Veja a seguir as possíveis certificações para professores de inglês.

CAE

O CAE ou Cambridge Advanced English é uma certificação didática dos professores de inglês que valida o nível avançado de competência linguística.

Um curso que prepara o profissional para essa certificação habilita o professor, seja da rede regular de ensino ou de escolas de idiomas, a se desenvolver nas habilidades cobradas para o exame, que são comunicação e compreensão oral, escrita e leitura.

Para maior assertividade, essa preparação envolve estratégias práticas que podem ser utilizadas no momento do exame, além de simulados do exame sobre reais condições de avaliação para analisar o seu desempenho.

Essa certificação didática dos professores de inglês é voltada para quem tem como objetivo o desenvolvimento profissional, além de ter uma certificação internacional de competência linguística vitalícia.

TKT

O TKT (Teaching Knowledge Test) é uma certificação didática dos professores de inglês ideal para quem deseja testar o conhecimento sobre o ensino de inglês.

O curso preparatório é dividido em módulos que focam em diferentes aspectos. Na prática, cada módulo cobre uma área específica do ensino de língua inglesa. Ou seja, a cada semestre de curso o aluno recebe um certificado da Cambridge English, além de se preparar para a certificação TKT.

Com aulas expositivas e práticas, os alunos apresentam maior facilidade na assimilação do conteúdo teórico e têm a chance de aplicar todo o conhecimento na prática. A metodologia dos cursos preparatórios para a certificação TKT também envolvem simulados do exame com reais condições de avaliação para analisar o desempenho do aluno.

Essa certificação didática dos professores de inglês, seja da rede regular de ensino ou de escolas de idiomas, também é vitalícia e colabora para o desenvolvimento profissional. Ela também é voltada para o público em geral, interessados que pretendem se tornar professores de inglês.

Outras certificações

Existem outras certificações didáticas para professores de inglês da Cambridge English que são destinadas a públicos diversos.

O CELTA (Certificate in Teaching English to Speakers of Other Languages), por exemplo, é interessante para recém-formados, para professores que querem ter uma qualificação formal ou mudar de carreira. Se o profissional tem pouca ou nenhuma experiência prévia de ensino, é uma certificação interessante.

Já o DELTA (Diploma in Teaching English to Speakers of Other Languages) combina teoria e prática no conhecimento do inglês e é adequado para professores mais experientes. É uma das qualificações avançadas de TEFL/TESOL e pode ser feita em qualquer estágio da carreira para atualizar os conhecimentos didáticos e melhorar a prática de ensino.

A certificação didática dos professores de inglês é um caminho necessário para quem deseja se inserir no mercado de forma segura. No Centro Britânico, nosso objetivo é fazer com que nossos alunos atinjam os níveis C1 ou C2 de proficiência em inglês (níveis avançados). E, para tanto, precisamos de profissionais suficientemente qualificados, com, no mínimo, nível C1 de proficiência.

No entanto, sabemos que a certificação didática dos professores de inglês é fundamental para ir além da proficiência. Por este motivo, oferecemos cursos preparatórios para CAE e TKT, preparando os interessados em lecionar inglês para obter as certificações vitalícias reconhecidas no mundo inteiro.

Para nós, o ensino qualificado depende da união de fatores, como método de ensino inovador e professores experientes e qualificados. É exatamente assim que guiamos nossos profissionais e nossos alunos para a excelência em inglês e para o seleto grupo de 4% de brasileiros que falam inglês.